28/02/11

Camadas jovens já podem jogar em casa!



A Academia Dolce Vita, casa-forte dos "estudantes", já pode receber as partidas dos campeonatos nacionais onde participam as formações dos juniores, juvenis e iniciados da Briosa.


A Federação Portuguesa de Futebol e a Associação de Futebol de Coimbra homologaram um dos campos sintéticos da Academia da Briosa que tem assim todas as condições para receber, no imediato, jogos dos campeonatos nacionais do futebol jovem.


A provar isso mesmo está o facto de os juvenis da Briosa, que disputam neste momento a segunda fase do Campeonato Nacional de Juniores B, receberem no próximo domingo, pelas 11:00, o Feirense em jogo que será disputado na Academia Dolce Vita.

Excertos retirados do site oficial da Briosa.


* Partilho da satisfação de Camilo Fernandes. É de facto uma excelente notícia e acredito que terá reflexos positivos já a breve trecho nos resultados das nossas camadas jovens.

26/02/11

VSC 0 - 2 AAC: análise ao jogo e classificação dos intervenientes

Apreciação global

A Briosa quebrou ontem à noite em Guimarães a série negra de oito jogos sem vencer a contar para o Campeonato (o último triunfo acontecera a 26 de Novembro de 2010, frente ao outro “Vitória”, em Setúbal). Com 6 derrotas e 2 empates nesses últimos 8 jogos na Liga ZON Sagres, ninguém apostaria num resultado tão saboroso, em casa do actual 4º classificado.

O cepticismo tinha razão de ser: o “assassínio táctico” de tudo o que de bom a equipa havia assimilado desde o início da temporada, perpetrado pelo antigo “treinador”, José Guilherme, aliado aos inerentes péssimos resultados desportivos, haviam acabado com a moral dos jogadores e com o futebol da preta. Além disso, o novo treinador, Ulisses Morais, havia orientado apenas dois treinos, o que seria sempre insuficiente para alterar o rumo dos acontecimentos. A soma de todas estas premissas levava a um resultado “lógico”: a derrota...

Mas ontem não foi assim.

Para grande alegria da Nação Academista, a “chicotada” conseguiu mesmo dar o tão falado “clique” à equipa. O tanatismo amorfo evidenciado pelos jogadores em embates recentes - antítese do brio personificado na garra, na vontade, e no esforço que caracterizam esta equipa há mais de um século - deu lugar à luta, aos dentes cerrados e aos punhos em riste. Desde cedo no jogo se via no semblante dos nossos a determinação e o querer de quem não está disposto a deitar a toalha ao chão e a aceitar mais uma derrota. E vencemos mesmo: 0-2!

Não serei pretensioso ao ponto de dizer que fomos melhores que o adversário, ou que fizemos um grande jogo, mas creio que merecemos este desfecho pelos quilómetros que corremos, pelo suor que deixámos nas camisolas e pele que deixámos em campo. E pronto, conseguimos os 3 pontos de que já necessitávamos “como de pão para a boca” e, mais que tudo, voltámos a ter uma equipa unida, imbuída de espírito de grupo (foi linda, aquela imagem no fim do jogo, com treinador e jogadores abraçados, festejando JUNTOS o triunfo COLECTIVO – aprenda, Professor José Guilherme!).

Acrescento ainda um dado importante: esta vitória também pode servir para mostrar aos nossos que é possível chegarmos ao Jamor... O adversário que hoje vencemos “fora” por 2-0 é o mesmo que teremos de vencer pela mesma margem para conseguirmos chegar ao “Sonho”.

Por isso, como diria Mourinho, “esta vitória vale [pode valer...] 4 pontos”...

Numa consideração final, farei minhas as palavras de Sir Alf Ramsey: “Uma vitória não faz uma equipa!”. É preciso continuar a trabalhar com humildade, espírito de missão e muito brio...


O treinador e a arrumação táctica

Ponto prévio: Ulisses Morais orientou apenas dois treinos antes deste jogo, pelo que há uma parte da vitória que não é só “dele” (aliás, o próprio teve o bonito gesto de agradecer aos seus predecessores o trabalho que desenvolveram na equipa – embora, na minha opinião, apenas Jorge Costa tenha contribuido com algo para a vitória de ontem, e já explicarei porquê...), além disso, São Peiser tem muita “culpa” no resultado.

Ao contrário do seu antecessor, Ulisses Morais teve o discernimento de saber “ler” o plantel: como já aqui disse no “reinado experimental” de J. Guilherme, não é preciso ter um curso superior para perceber que não é a meio da época que se altera a formatação dos jogadores e da equipa... Outro mérito do nosso actual treinador foi “não inventar”: nem no sistema táctico, nem nas posições dos jogadores, mas já lá vamos.

Ulisses Morais “arrumou” a equipa no seu tradicional 4x3x3, trabalhado de alguns anos para cá, com duas honrosas excepções (R. Gonçalves e J. Guilherme). Este esquema-base, já utilizado esta época por Jorge Costa com bons resultados, trouxe boas reminiscências uma vez que a transição ofensiva é muito semelhante à que vimos no início da época: em vez de fazer circular a bola na primeira fase de construção, ressuscitou-se o contra-ataque rápido, optando-se por colocar a bola logo que possível nas alas ou nas costas da defesa contrária. O jogo ofensivo torna-se, desta forma, mais rápido, mais largo, mais fluido e muito mais objectivo. Resultado: conseguimos isolar os nossos atacantes pelo menos em 4 ocasiões, duas das quais resultaram em golo. Igualzinho ao que vínhamos fazendo com J. Costa...

Defensivamente, a equipa apresentou ligeiríssimas alterações, mormente na configuração do meio-campo: os três elementos jogam agora mais juntos, assegurando maior índice de recuperação de bolas. Ainda assim, quer-me parecer que os alas adversários acabam por conseguir muito espaço para organizarem o seu jogo, uma vez que reduzir tanto o espaço no centro do terreno só dará frutos quando os nossos alas ajudem a fechar os corredores. E isso pode vir a ser problemático uma vez que nem D. Valente nem Sougou têm essa apetência... Mas ontem correu bem... De resto, o 4x1x4x1 com que a equipa jogava no final foi muito bem ensaiado dadas as vicissitudes do jogo e o desgaste natural dos jogadores.

Além disso, as próprias substituições foram feitas em sintonia com as exigências do jogo e do resultado.

Por fim, deixo umas notas do jogo de ontem para J. Guilherme:

- é possível defender um resultado sem colocar o trinco dentro da área, como terceiro central;

- mudar o ADN da equipa a meio da época não tem nada de sensato;

- Sow é trinco (mais-ou-menos...) e não central;

- D. Valente é um ala e não um 10;

- Luiz Nunes não é assim tão mau;

- e é possível alcançar um outro resultado para além das derrotas e empates.

Numa apreciação global, temos de considerar de muito positiva a entrada de Ulisses no comando técnico da equipa (eu, pelo menos, fiquei bastante surpreendido). Vejamos como se porta daqui em diante. NOTA 4


Árbitro

Muito contra aquilo a que estamos habituados por estas bandas, teremos de admitir que Hugo Pacheco fez um bom trabalho. Não se deixou intimidar pelas bancadas nem pela pressão exercida pelo banco do VSC. Nas duas situações mais problemáticas parece ter estado bem: apesar das dúvidas que me suscitou o lance de Sougou aos 20’, parece ter havido mesmo fora-de-jogo; também esteve bem ao não assinalar penálti na queda de João Alves aos 40’ (faltou foi o cartão amarelo por simulação). De resto, e ao contrário do que possam dizer os adversários, não permitiu anti-jogo uma vez que não demorou a sancionar quer Peiser, quer Addy por perdas de tempo na reposição de bolas em jogo. Por outro lado, uma ou outra falta mal assinalada e um canto mal marcado a favor do VSC. Numa apreciação global, creio ter feito um bom trabalho (oxalá tivéssemos muitos destes!). NOTA 4


Os jogadores, um a um

São Peiser: Faltam-me adjectivos. Fabuloso, maravilhoso, fantástico, extraordinário, estupendo, assombroso. Absolutamente decisivo, merece, mais uma vez o título de “Melhor em Campo”. Defesas importantíssimas aos 9’ (espectacular!), 10’, 18’, 48’, 51’ (brutal!), 72’, 73’ e 77’ (impressionante!)... A própria enumeração cansa... Continuo a dizer: RENOVEM-LHE JÁ O CONTRATO!!! NOTA 4,5

Pedrinho: Continua a crescer à medida que a intranquilidade diminui. Ficou na retina um corte aos pés de João Ribeiro à passagem da meia-hora. De resto, muito mais concentrado do que aquilo a que nos habituou, raramente concedeu grandes espaços no seu flanco. Praticamente não se viu nas manobras ofensivas. NOTA 3

Luiz Nunes: O esquecimento a que costuma ser votado é uma incógnita enorme para mim. É inegável que tem peso a mais e velocidade a menos, mas é impecável no jogo aéreo, apresenta óptimos níveis de concentração e não inventa. Apesar de ter sido ultrapassado por Edgar em pelo menos duas ocasiões, ajudou Peiser a salvar um golo feito aos 73’. Muito certinho. NOTA 3

Berger: É um dos jogadores que mais admiro no nosso plantel. Parece que não sabe jogar mal: notável a frieza que demonstra nos cortes rente ao chão (Edgar e Douglas que o digam) e excelente a posicionar-se na área. Contribuição muito importante para a solidez defensiva da equipa. Bom jogo. NOTA 3,5

Pedro Costa: Não é Hélder Cabral, mas ontem não comprometeu. Esteve bem a vigiar as subidas de Alex e não se atemorizou com os devaneios de Toscano. Ainda assim, está ligado ao lance mais perigoso do adversário quando deixou fugir João Paulo, que rematou à trave aos 45’. Também não atacou e acabou por sair lesionado ao intervalo. NOTA 2,5

Adrien: Colocado mais atrás (na sua posição...), sentiu-se “como peixe na água”, roubando imensas bolas e parando um sem-número de ataque do VSC. Para além disso, foi importantíssimo nas saídas rápidas para o contra-ataque, demonstrando discernimento ao isolar primeiro Diogo Valente e, mais tarde, Éder, no lance do golo. Um dos melhores. NOTA 3,5

Diogo Gomes: Foi incansável: lutou no meio-campo até aos limites das suas forças e demonstrou bom entrosamento com os seus colegas de sector. Foi ainda muito importante quer a segurar a bola, quer a lançar contra-ataques. Grande pontapé para grande defesa de Nilson aos 36’. Saiu esgotado aos 70’, após ter recebido um cartão amarelo. Merece mais oportunidades. NOTA 3

Hugo Morais: Talvez o menos vistoso do meio-campo por as vicissitudes do jogo o obrigarem, amiúde, a recuar para ajudar Adrien. Durante grande parte do tempo foi quase um segundo pivô defensivo e lutou imenso, apesar de nem sempre com discernimento. Pede-se-lhe mais rapidez a soltar a bola. Esforçado. NOTA 2,5

Sougou: Após alguns jogos mal conseguidos, parece ter recuperado a confiança. Muito veloz e acutilante, manteve Bruno Teles em sentido durante todo o jogo. Podia ter feito melhor aos 8’ quando chegou atrasado ao passe para golo de Diogo Valente, e ainda aos 30’ e aos 62’, lances em que lhe faltou calma. De resto, é dele o desenho do contra-ataque perfeito que resulta no golo de Laionel. Muito bem. NOTA 3,5

Diogo Valente: Deu imenso trabalho a Alex e João Pedro no flanco esquerdo. Aos 8’ centrou “com régua e esquadro” para Sougou falhar à boca da baliza e marcou bem o livre que resultou no golo anulado ao mesmo jogador aos 21’. Aos 48’, isolado frente a Nilson devia ter feito bem melhor, atirando às malhas laterais e aos 64’ mediu mal o “chapéu a Nilson”. Saiu aos 75’ quando já acusava algum cansaço. Importante. NOTA 3

Éder: Bela exibição do ponta-de-lança da Briosa a mostrar que, neste momento, é o dono do lugar. Mais do que o golo à ponta-de-lança que marcou (desmarcou-se, correu até à baliza e desfeiteou Nilson com frieza e classe), foi ainda importantíssimo a ganhar bolas no meio-campo adversário e a fixar os centrais. Boa jogada para Sougou desperdiçar aos 68’ e desperdiçou, ele próprio, uma boa jogada aos 83’. Grande exibição. NOTA 3,5

Addy: Entrou ao intervalo para substituir o lesionado Pedro Costa. Não se notou muito a diferença, o que é bom sinal. Teve uma ou duas hesitações na saída para o ataque que resultaram em perdas de bola, mas nada de grave. NOTA 2,5

Pape Sow: Entrou ao minuto 70’ para dar consistência ao meio-campo. Ajudou a preencher essa zona do terreno. Útil. NOTA 2,5

Laionel: Entrou “com a corda toda” aos 75’ para substituir Diogo Valente. Em 15’ em campo conseguiu criar uma jogada para Éder falhar aos 83’ e “matar” o jogo com um “chapéu” soberbo a Nilson. Decisivo. NOTA 3


E pronto, com 24 horas de atraso (porque o tempo não chega para tudo), aqui fica a minha apreciação desta grande vitória da nossa Briosa. Oxalá voltemos a festejar já na sexta-feira. Lá estarei!

Saudações Académicas,

Pedro Monteiro Almeida

Ver para crer



Vitória da União


Eis que Ulisses Morais veio trazer pragmatismo, eficácia e garra. Exactamente o que faltava. Isso e a estratégia que permitiu rentabilizar o gigantesco espírito de união e de vontade de vencer que a equipa demonstrou.

Não posso deixar de começar por realçar as palavras verdadeiramente briosas do novo treinador da Académica.


"Esta vitória só foi possível porque os jogadores conseguiram perceber que a atitude e o compromisso que estabelecemos seria o caminho para o sucesso. Entrámos envergonhados. Com tempo conseguimos controlar as emoções e ficámos mais seguros. Além do trabalho dos jogadores e da sua entrega, é importante dizer que este sucesso vem de trás."
"O mérito é dos jogadores e da forma como interpretaram o que falámos. Entrei ali para agradecer-lhes pela forma como me receberam. Sinto-me agradecido."

E também as palavras de Peiser. Sabem, começou por ser uma brincadeira entre amigos, mas cada vez me convenço mais de que este ENORME guarda-redes merecia uma estátua.
«Jogámos com muita raça e vontade. As coisas não saíram sempre bem, mas tivemos alguma sorte. O novo treinador não teve muito tempo para grandes mudanças, mas conseguiu fazer com que entrássemos bem para este jogo. Perder um jogo atrás do outro é complicado. Ele deu-nos confiança, disciplina e rigor. Estamos de parabéns porque todos fizemos muitos quilómetros. O que mais trabalhámos nos últimos dias foi a parte mental. Tacticamente não houve tempo para nada. Limpámos a cabeça, foi isso.»

Está em grande forma. Não pensa sair?


«Não sei. Eu gosto do futebol português. Estou feliz aqui. Tive possibilidades de sair a época passada, para ganhar um pouco mais dinheiro, mas decidi ficar num bom campeonato. Jogo com alegria, os estádios são bons e estou bem. Gosto daqui, se as pessoas gostarem de mim, melhor.» 

Quanto ao jogo, entrou mais forte o Guimarães. Os jogadores da preta mostravam-se um pouco receosos, pouco confiantes, o que os levou a perder algumas bolas.. 
No entanto, notava-se a capacidade da equipa em se ir libertando, trocando a bola como quem comunica entre si: «Vamos lá companheiros, é só querer e determinação e o resultado aparecerá, parecia dizer o jogo da Briosa»
E foi assim que em ataques rápidos, acima de tudo objectivos, que Diogo Valente colocou a bola para o veloz Sougou, por duas ocasiões
Na primeira, aos 8 minutos, Sougou falhou por pouquíssimo um cruzamento excelente.
Já aos 21m, livre com a bola a cair à frente da marca de grande penalidade, Sougou a encostar para as redes, mas o lance viria a ser anulado por fora-de-jogo. Decisão correcta.
De realçar a execução técnica de excelência de Diogo Valente, que só pecou pela sua ineficácia finalizadora, tendo sido bem substituído a meio da 2.ª parte.
Depois, embora as estatísticas ( n.º de ataques) e as crónicas jornalísticas possam enganar, tivemos ainda bastantes ocasiões de golo. Porque as outras, na nossa baliza, estavam destinadas às mãos do santíssimo Peiser.
Assim. há que relembrar o cabeceamento de Sougou ao 1.º poste, o remate pleno de intenção de Diogo   Gomes, o remate às redes laterais de Diogo Valente, em posição mais que privilegiada..
Bem vistas as coisas, a Briosa parecia ter descoberto novamente as maravilhas das transições defesa-ataque rapidíssimas, embora estes lances falhados me fizessem suspeitar do resultado - empate.
Mas eis que uma excelente assistência de Adrien, num passe em profundidade isola Éder. Este progride, não se atrapalha, vê o guarda-redes e coloca a bola junto ao poste mais distante (o direito). GOOOLLLLOOO! Querem ver que o Éder já marca para o campeonato?!! Fico sempre extremamente feliz quando marcamos, mas deixem-me confessar a alegria em estado puro quando vejo este rapaz a marcar. É que segura muitíssimo bem a bola, tem estatura física vantajosa, movimenta-se bem tacticamente. Só falta mesmo isto que fez hoje.
Depois, não sei se por efeito de Pape Sow (não sei mesmo, não é ironia), o Vitória assumiu o jogo. Fez remates muito perigosos e só o nosso Guarda-Redes, embuído de espírito de missão, segurou o resultado.
O Guimarães continuou depois igual a si próprio, e os árbitros também, já que Rui Miguel pontapeou deliberadamente Luiz Nunes quando este se encontrava estendido no chão. Nada lhe aconteceu.
Mas eis que aos 90' aconteceu novamente o fenómeno Laionel. Este jogador parece ter uma aptência especial para absorver o espírito da equipa, e a alegria transforma-se em lances como aquele aos 90 minutos. Divinal. Não há sensação melhor que ver um golo daqueles a matar um jogo.

Em suma, uma vitória extremamente moralizadora a dar a receita para a segunda-mão da Taça. Parabéns aos jogadores e ao treinador pela sua excelente estreia.
FORÇA BRIOSA!

24/02/11

Altos e Baixos

ALTOS...


«Como ninguém vence sozinho, no futebol, também ninguém perde sozinho.»


«O respeito por mim próprio, começa no respeito que tenho pelos outros, pelo professor José Guilherme e pelo companheiro que me substituiu.»

«O clube dá-nos todas as condições, os adeptos são afectuosos e o novo treinador tem de encontrar um plantel disponível, para novos métodos, novas ideias e até novos sacrifícios, se for necessário. Acredito que as coisas vão correr bem e até ao final da época, creio que vamos dar uma imagem diferente do nosso valor e do nosso potencial.»

Declarações de Pedro Costa


«O contrato não está assinado e o clube também ainda não anunciou o acordo, mas Ricardo e Pedrinho vão continuar na Académica para além da presente época.
O guarda-redes e o lateral direito, em final de contrato tal como outros sete colegas, já têm entendimento com a Briosa para prolongar o vínculo por mais três e duas temporadas, respectivamente, segundo o Diário de Coimbra conseguiu apurar.
Mais difícil, para já, estará o acordo com Miguel Fidalgo, embora o jogador, que já manifestou vontade em continuar na cidade do Mondego, tenha na sua posse uma proposta para renovar por dois anos.»

Notícia do Diário de Coimbra


e BAIXOS..


«Rui Correia, ex-treinador de guarda-redes da Académica, alegadamente impedido de entrar nas instalações do clube, disse quinta-feira à Lusa que vai apresentar-se no próximo dia 10 de março.

Com contrato até junho de 2012, tanto Rui Correia como o adjunto Ricardo Chéu foram, segundo várias informações, impedidos de frequentar as instalações do clube na quarta-feira, dia em que se apresentou o novo treinador, Ulisses Morais.

"Tenho contrato até junho de 2012. Tenho de me apresentar em Coimbra no próximo dia 10 de março. Todos e quaisquer problemas serão tratados pelo meu advogado Alfredo Castanheira Neves", declarou Rui Correia, sem explicar a situação.»

Notícia do Record



* Poderia acrescentar mais baixos, assim sei lá, como a convocatória do Habib, mas também não quero entrar a matar..

* Com o Pedrinho que se renove. Miguel Fidalgo, não há dúvidas.

* Ao recente protagonismo de Pedro Costa não é alheia certamente a sociedade de Marketing comunicacional que contratou.

23/02/11

A "odisseia" de Ulisses: os grandes desafios

Ficámos ontem a conhecer o nome do substituto de José Guilherme no comando técnico da nossa Briosa. Numa decisão que se pedia célere, JES optou por chamar para novo timoneiro da equipa o treinador Ulisses Morais.

Esta escolha, longe de ser popular entre os sócios e simpatizantes do nosso clube, tem o cunho pessoal do nosso presidente, apreciador confesso das competências do experiente treinador. Do risco (pessoalmente) assumido por JES e da democraticidade (ou falta dela...) ínsita ao processo negocial, já aqui deixámos expostas as nossas opiniões nos textos do "TF" e do "mitic0", com as quais, aliás, concordo em absoluto.

Com as reservas explícitas naqueles textos, também eu não vejo motivos para uma condenação sumária do "nosso" treinador. Assim, para que fique claro desde já, não pactuo com atitudes radicais de repúdio (que, evidentemente, respeito, em nome do livre arbítrio) dirigidas ao treinador, ao presidente, ou à nossa secular Instituição.

Não visto, portanto, a pele de "Poseidon", colocando-me, desde já, à espreita da primeira oportunidade para atacar Ulisses... Porquê? Muito fácil: apesar de esta não ser a minha (a nossa...) escolha, certo é que este é o homem encarregue da condução de uma equipa que, nesta fase da época (e apesar de dois meses inteirinhos a andar para trás), ainda tem tudo a ganhar ou tudo a perder... Assim, gostando ou não, este é o treinador dos que jogam com o losango ao peito, pelo que, como seguidor da Briosa, só me resta dar-lhe o apoio de que necessita para desenvolver o seu trabalho com a alegria, tranquilidade e dignidade que merece. São as cartas que temos e é com elas que temos de jogar.

A avaliação virá depois... Com as opções, as exibições e os resultados. E aí, cá estaremos (tal como os sócios da Briosa nas próximas eleições)...

Concluído este "ponto prévio", dedicarei agora umas linhas aos desafios que o nosso treinador terá pela frente e às nossas expectativas, enquanto adeptos, em relação aos mesmos.

I. O aspecto desportivo

Não é segredo para ninguém que o futebol da nossa Académica já viveu dias mais tranquilos. O auspicioso início de campeonato deu lugar à intranquilidade: uma equipa de futebol largo, intenso e alegre deu lugar a uma equipa de futebol tristonho, atabalhoado e sem chama (situação que se agravou sobremaneira no "reinado" experimental de José Guilherme).
A manutenção que estava quase garantida ficou comprometida e, neste momento, os 20 pontos de que dispomos colocam-nos num humilhante 13º lugar, a uns escassos 6 da linha-de-água.
Mas nem tudo são desgraças: enquanto se arrastava no campeonato, a equipa conseguiu o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal (embora se encontre já em desvantagem por conta da derrota por 1-0 no terreno do seu oponente).
Conhecida a situação, o que podemos esperar do nosso treinador e da sua (nossa) equipa?
Estes são os jogos que ainda temos pela frente nesta temporada de 2010/2011:

25/02/2011 - Liga Zon Sagres (J 21): V.Guimarães - Académica
04/03/2011 - Liga Zon Sagres (J 22): Académica - U. Leiria
13/03/2011 - Liga Zon Sagres (J 23): Nacional - Académica
20/03/2011 - Liga Zon Sagres (J 24): FC Porto - Académica
03/04/2011 - Liga Zon Sagres (J 25): Académica - Portimonense
10/04/2011 - Liga Zon Sagres (J 26): Sporting - Académica
17/04/2011 - Liga Zon Sagres (J 27): Académica - V. Setúbal
20/04/2011 - Taça de Portugal (2ªMMf): Académica - V. Guimarães
01/05/2011 - Liga Zon Sagres (J28): Marítimo - Académica
08/05/2011 - Liga Zon Sagres (J29): Académica - Sp. Braga
15/05/2011 - Liga zon Sagres (J 30): P. Ferreira - Académica

Conhecido o calendário, ressalta a percepção das dificuldades que esperam o treinador e a equipa. Seja como for, o objectivo prioritário terá de passar pelo alcance da manutenção o mais rapidamente possível (e aqui, até se pode dizer que este treinador já tem algumas provas dadas - a propósito, veja-se o seu currículo no excelente trabalho dos nossos "vizinhos" do blogue "Académica Sempre").
Para além disso, os adeptos esperam ainda que a equipa faça um bom jogo na 2ª Mão da Taça de Portugal, deixando tudo em campo para atingir a Final do Jamor (este objectivo, para além de ter a potencialidade de nos assegurar um lugar na história, garantir-nos-ia, desde já, a presença nas competições europeias da próxima época).
Assim, estou em crer que a manutenção e a presença no Jamor bastariam para que mesmo o adepto mais céptico qualificasse de bom o trabalho de Ulisses (a Taça não se pode exigir, mas se a conseguisse...).

II. O aspecto motivacional

O débil estado psicológico da equipa, fruto das exibições sofríveis, dos maus resultados e da crescente contestação dos adeptos, obrigará Ulisses a um intenso trabalho na psique dos jogadores. Creio que a recuperação psicológica da equipa é, neste momento, uma tarefa crucial para o seu desempenho nas próximas partidas: só uma equipa calma, tranquila, com a noção do seu papel nos diversos momentos do jogo, será capaz de colocar em campo um futebol solto, dinâmico e eficaz (em suma, a antítese das actualmente recorrentes falhas de concentração, intranquilidades, agressividade excessiva e descontrolo emocional).

III. O aspecto técnico-táctico

Para mim, esta é, talvez, a maior incógnita do trabalho do nosso treinador. Do pouco que me recordo das suas equipas, creio que passaremos a alinhar com um meio-campo preparado com um sistema de duplo-pivô defensivo (pelo menos, creio que foi assim no Paços - com F. Anunciação e P.Sousa - e na Naval - com Hauw e Godeméche - ou Baradji?).
Como já aqui deixei escrito em várias ocasiões, não existem, à partida, bons e maus esquemas tácticos: ao "desenho" sobrepor-se-ão sempre os movimentos dos jogadores, as suas características e o seu comportamento nas diferentes "fases" do jogo. Assim, não me assusta, à partida, a opção por um estilo de jogo mais curto e retraído (desde que, na fase ofensiva, a equipa se consiga "esticar" e "alargar" com a fluidez e objectividade requeridas por um contra-ataque bem desenhado). Neste ponto, temos mesmo de esperar para ver...
Contudo, na minha opinião, a grande empreitada de Ulisses será devolver à equipa uma identidade, um sentido de jogo: as rudes "mexidas" de JG retiraram-lhe a sua alma, a sua intensidade, a sua objectividade. Cada jogador precisa de saber exactamente qual a sua posição em campo e, sobretudo, de saber o seu papel em cada fase do jogo (neste momento, pelo que temos visto, para além de Peiser, não me parece que algum jogador tenha a adequada noção da sua posição em campo...).
Esta sim, será uma verdadeira "odisseia", atendendo às vicissitudes que condicionam tal tarefa (o escasso hiato temporal para preparar a equipa e a situação pontual - agora muito pouco tranquila).
Se lograr atingir aquele objectivo, Ulisses estará mais próximo conseguir o que lhe é pedido pelos adeptos e pela Direcção.

IV. Confiança dos adeptos

Outro dos grandes desafios de Ulisses será o de conquistar uma massa adepta que, como sabemos, não confia muito nas suas capacidades.
Do que tenho lido por aí, mesmo antes de iniciar o seu trabalho, Ulisses já é muito contestado por um largo número de adeptos (alguns ameaçam, até, com atitudes bastante radicais!). Por mim, também não considero que esta fosse a melhor escolha para dirigir os destinos da equipa, de qualquer forma, como disse, estou entre os que estão determinados a conceder-lhe o benefício da dúvida e a proporcionar-lhe as condições adequadas para que desenvolva o seu trabalho com a calma de que necessita.
Além disso, a melhor forma de responder ao cepticismo é com profissionalismo, empenho, trabalho e, sobretudo, com resultados... É isso que lhe pedimos.

V. Preparação do futuro da equipa

Para além dos objectivos imediatos, nesta fase da época também é importante começar a pensar no futuro da equipa. Questões como a renovação de contratos dos jogadores importantes do plantel; a contratação - a "custo 0" - de jogadores de outras equipas em final de contrato; e, sobretudo, a potenciação dos jovens do clube que poderão vir a ser importantes no clube; são pontos essenciais da gestão de uma equipa de futebol que nenhum treinador deve descurar.
Nesse sentido, caberá a UM a adequada avaliação do plantel e das suas carências (imediatas e futuras) , bem como um aturado estudo das oportunidades de mercado que entretanto surjam. A somar a isto, num clube como o nosso, exige-se uma supervisão consciente dos nossos recursos próprios: os jovens da academia.
Ao que sabemos, o nosso treinador trouxe consigo um especialista em scouting... Aguardemos...


Enumerados desta forma os desafios que esperam Ulisses nesta "odisseia", resta desejar-lhe muita sorte, bom trabalho e muita inspiração (bem precisa!).

Força rapazes, força Ulisses!

Saudações Académicas,

Pedro Monteiro Almeida

P.S.: A propósito de "odisseia", deixo a Ulisses Morais um conselho do grande Homero:

"A marca da sabedoria é ler correctamente o presente e marchar de acordo com a ocasião."

Poucas certezas

Segundo o Jornal " A Bola" foram estas as primeiras palavras de Ulisses Morais como treinador da Briosa:

Ulisses Morais recusou esta quarta-feira resumir a aceitação do convite para treinar a Académica à presença da equipa nas meias-finais da Taça de Portugal - está em desvantagem frente ao V. Guimarães, depois da derrota na primeira mão, por 1-0."Não foi só por isso que decidi estar disponível para ouvir o desafio que a Acdémica tinha para me fazer", começou por dizer o treinador na conferência de imprensa em que foi apresentado como treinador da Briosa - o 3.º esta temporada, depois de Jorge Costa e José Guilherme."É evidente que vou tentar aproveitar o que os outros colegas ajudaram a alcançar, fazendo parte deste desafio estimulante e enriquecedor", completou, sublinhando que chegar à final "é um desafio que gostaria de alcançar", sobretudo por ser com a Briosa.O principal objetivo é inverter a série de maus resultados e colocar a equipa num lugar mais confortável na classificação da Liga Zon Sagres:"Sem me referir aos meus colegas anteriores, o meu desafio é alcançar sucesso. Sabemos que há caminho a percorrer, que tem de ser feito sem desvios ou atalhos. Temos de ser objetivos e alcançar o mais rapidamente a realização deste grupo de trabalho. Espero que a minha receita seja daquelas que rapidamente possa resolver os problemas das equipas quando não ganham."Ulisses Morais já orientou o treino da Briosa desta manhã. O treinador terá Rui Rodrigues como adjunto, Marco Leite como preparador físico, Neca Gomes como treinador de guarda-redes e Virgílio Fernandes como responsável pelo departamento de scouting.No apronto matinal os ausentes foram Orlando, Nuno Coelho e Amoreirinha que continuam a recuperar de lesão.

Começo por dizer que desde ontem, apesar das minhas opiniões (bem como da esmagadora maioria dos academistas) serem contrárias à sua escolha para treinador principal da Briosa, Ulisses Morais, até prova em contrário, merecerá todo o meu apoio.

Posto isto desejo-lhe as maiores felicidades e que nos devolva a alegria de ir a Cidade de Coimbra. Colocando a Briosa a jogar para frente, a marcar golos e acima de tudo a ganhar, por forma a que se mantenha na 1ª Liga.

Gostaria somente de dizer que se trata de um péssimo acto de gestão ser contratado um treinado por ano e meio quando a direcção não chega a ter mais meio ano de mandato. Com todo o respeito por Ulisses Morais, não sendo Mourinho, Vilas Boas ou Jesus, logo não sendo um oportunidade imperdível segura-lo por mais um ano, a nova direcção da Briosa (ainda que em tese possa ser a mesma), deveria ter a opção de programar a próxima época e o seu mandato na área do futebol sem amarras.

Quero também frisar que nada me opõe a JES, acho que no geral fez um trabalho digno ao longo do seu contributo ao OAF, e que como tal deve ser respeitado. Penso é que as próximas eleições deverão ser um momento de reflexão, discussão de ideias e de redefinição do modelo desportivo da Briosa e que como tal, não se podem até lá tomar decisões que se constituam como ónus para quem vier (ainda que seja o próprio).

Sobre esta parte final, penso também ser a altura de sublinhar que para quem se coloca na oposição a JES, não poderá ser mais do mesmo. Deverá aparecer uma cara nova, com ideias novas e nova mentalidade. Não um encore, não um ser porque sim, mas alguém com ideias concretas e a sério. Porque para tiro no escuro, que se mantenha JES, que pense no que se tem passado de menos bom e melhore.

Saudações académicas.

22/02/11

Os equívocos do Sr. Eng.º José Eduardo Simões




1- A democraticidade faz parte do ADN da vetusta Associação Académica de Coimbra. Ao não ter levado em conta a opinião generalizada dos sócios e simpatizantes, revelou uma atitude de (pelo menos) indiferença pelos academistas.

2- O presidente, sabendo que haverá eleições no final desta época desportiva, assinou com o treinador por ano e meio. Ou está convicto de que irá ser reeleito - o que é um erro óbvio, já que com esta contratação perdeu qualquer hipótese de ser o mais votado - ou desprezou os interesses da nova direcção em delinear livremente a sua estratégia. De qualquer modo, agiu mal.

3- Mais uma péssima escolha. Ao nível da contratação de Rogério Gonçalves.

4- Falta de visão a longo prazo. Será este um treinador para rentabilizar activos da Formação? Para projectar a Académica para novos voos? A resposta, para mim, é cristalina.


Sejam quais forem os resultados daqui para a frente, estas conclusões não mudarão. O que é uma pena, sabendo qual é a oposição tradicional de José Eduardo Simões.

Ulisses Morais??


Ao que tudo indica, segundo o noticiado pelo Jornal " A Bola" Ulisses Morais será o novo treinador da Briosa.

Depois de falhada a abordagem a Paulo Sousa para suceder a José Guilherme no comando técnico da Briosa, a Direcção deve apresentar ainda esta tarde Ulisses Morais como o novo treinador.

O nome de Ulisses Morais foi sempre uma forte possibilidade para assumir o comando da Académica (já fora falado quando Jorge Costa saiu) e apesar de Paulo Sousa ter sido também sondado sobre a possibilidade de abraçar um novo projecto em Coimbra as partes acabaram por não se entender.

A Direcção liderada por José Eduardo Simões irá, ao que tudo indica, apresentar Ulisses Morais ainda durante a tarde de hoje.

A confirmar-se esta notícia, confirma-se o nome avançado pelos vários títulos desportivos do dia de hoje.

Quanto a mim e ainda de forma prematura, dou-lhe as boas vindas ao nosso clube. Apesar de não ser nem de longe nem de perto um dos meus favoritos para o lugar, reconheço-lhe um discurso forte e uma forte presença no balneário.

Veremos se se confirma e os resultados desta opção da Direcção da Académica.

Saudações académicas.

21/02/11

O nosso próximo treinador

Após os acontecimentos de ontem, a Direcção da nossa Briosa procura um treinador para suceder a José Guilherme.

Este "período sucessório", qual "silly season", costuma ser fértil em especulações: umas "encomendadas" pelos agentes dos treinadores que engrossam a nossa "bolsa de treinadores" (expressão utilizada para designar aquele conjunto de treinadores que nunca demonstraram nada , mas que, não obstante, costumam ser "apontados" a equipas da 1ª e 2ª Ligas); outras avançadas pela imprensa "desportiva", em puro exercício de adivinhação, na ânsia de encherem as poucas linhas que dedicam ao nosso clube; e, outras ainda, avançadas pelos nossos adeptos.

Creio que só as últimas acrescentam algo à discussão. Estas são lançadas por gente que se preocupa com os destinos do clube, gente que avança nomes como objectivo de "dizer" à nossa Direcção, o que acham ser melhor para o clube neste período conturbado. A opinião dos adeptos deve funcionar como uma espécie de "barómetro" para os detentores do poder decisório: não sendo decisiva, ilustra as tendências gerais do grupo que depois apoiará (ou não...) o treinador escolhido. Assim, da opinião dos adeptos - que se pode encontrar, por exemplo, nos blogues afectos ao clube - pode retirar-se, no mínimo, um conjunto de nomes, mais ou menos viáveis, de entre os quais a Direcção pode (eventualmente, claro...) escolher o próximo treinador. Note-se que não estou a dizer que esta deva ser a forma de eleger um treinador, mas apenas de que se pode ter em consideração a opinião dos adeptos.

Seja como for, deixo-vos uma "lista" de nomes que, nas últimas 24 horas foram associados à nossa Briosa por algum daqueles três meios:

- Augusto Inácio - está sem contrato desde que abandonou o Leixões; tem sido apontado por alguns jornais como um dos preferidos de JES para o cargo; é um nome que também recolhe algumas simpatias dentro da nossa massa adepta;

- Ulisses Morais - também está sem contrato e tem sido apontado (ou "oferecido"?) ao clube por diversas fontes (na minha opinião, este é um dos que compõem a tal "bolsa"...); ao que parece, também tem a simpatia de JES; porém, não é desejado pela grande maioria dos nossos adeptos;

- Carlos Carvalhal - era o treinador preferido pela maioria dos adeptos e da Direcção para suceder a JC, no entanto, ao que se sabe, rejeitou o cargo; continua sem clube mas, a suposta rejeição retirou-lhe muitos apoiantes; além disso, para além de ser "caro", ninguém garante que a rejeição não se mantém...

- Nelo Vingada - é um treinador muito experiente com provas dadas nestas situações (aliás, neste clube...), mas também já mostrou não estar disponível para regressar a Coimbra; tem a simpatia de alguns adeptos e da própria Direcção; também é muito "caro"...

- Vítor Pereira - trata-se de um nome pronunciado "em surdina" entre uma facção de adeptos; é o adjunto de Villas-Boas no FCP e é visto como um "génio da táctica" por alguns "entendidos"; contudo, tem contrato com o FCP e é muito dúbia a sua vontade em assumir este projecto...

- Pedro Miguel - o actual treinador da Oliveirense tem provado ser competente ao orientar a grande surpresa da 2ª Liga; é jovem, é ambicioso e um simpatizante confesso do nosso clube; colhe a simpatia de um vasto grupo de adeptos, mas não a de JES (uma vez que não o considerou nem como 3ª hipótese na última escolha); o momento conturbado da nossa equipa e a pressão classificativa talvez peçam um treinador mais experiente; além disso, está vinculado àquele clube...

- Zé Nando - o seu amor incondicional ao clube torna-o uma potencial boa escolha; todavia, é ainda algo inexperiente para um período tão difícil...

- Pedro Roma - é um símbolo do clube; alguém que, sem sombra de dúvida, teria poderes para motivar os atletas a "dar um pouco mais" em todos os jogos; todavia, cremos não ter adquirido ainda as competências necessárias para dirigir a equipa (mas um dia gostava muito de o ver nesse cargo...).

- Manuel José - sabemos que muitos adeptos gostariam de o ver como treinador da Briosa por ser um treinador com provas dadas nos mais diversos contextos competitivos; além disso, a situação política conturbada que se vive actualmente no Médio-Oriente pode motivar a sua saída do clube que orienta; no entanto, já afirmou várias vezes que só regressaria ao banco de uma equipa portuguesa se esta fosse o SLB, o SCP ou o FCP; além disso, era absolutamente incomportável para os nossos cofres;

- Van Der Gaag - também foi hoje avançado pela imprensa desportiva como um dos preferidos de JES; sabemos que não recolhe grande simpatia dos nossos adeptos e não parece ter experiência necessária para uma situação como a que vivemos...

- Outros nomes avançados (sem grandes fundamentos, cremos): José Peseiro, Carlos Manuel, Oceano, Artur Jorge, Sá Pinto, Vítor Pontes, Norton de Matos...

E pronto, aqui fica uma súmula do que foi dito ao longo do dia de hoje. Como facilmente se percebe, muitos nomes são apenas fruto de imaginações bastante férteis e de jornalistas com um óptimo espírito inventivo... No entanto, como "não há fumo sem fogo", o nosso futuro treinador pode sair deste grupo de nomes...

Por mim, creio que devíamos optar por um treinador experiente, motivador, assertivo, disciplinador, competente a nível técnico-táctico e que não tenha problemas em fazer frente aos árbitros (sim, porque pouca gente fala disto, mas também temos sido constantemente prejudicados).

Posto isto, enquanto adeptos da Briosa, peço-vos que deixem nos "comentários" as vossas escolhas (até para facilitarmos o trabalho aos jornais dos próximos dias...).

Espero que a nossa Direcção nos dê uma amostra de competência e decida de forma célere e acertada...

Saudações Académicas,

Pedro Monteiro Almeida

Actualização de última hora: a edição de hoje do jornal "O Jogo" aponta Paulo Sousa como sendo o mais forte candidato ao lugar. Mera especulação, creio... De qualquer forma, do que conheço dele como treinador (costumo acompanhar as 3 primeiras ligas do futebol inglês), posso adiantar-vos que é um nome que me levanta muitas reticências: teve uma passagem pelo Queens Park Rangers, onde lhe foi dada um equipa para lutar por lugares cimeiros do Championship (2º escalão do futebol inglês), objectivo que não logrou alcançar; no ano seguinte, até fez um bom trabalho com o Swansea, tendo acabado em 7º; e, já nesta temporada, teve um falhanço rotundo no Leicester City, que apostou tudo na subida e andava em lugares de despromoção quando foi despedido, em Novembro (agora, a equipa é treinada por Ericsson e já está nos lugares de acesso aos playoffs - conta com 3 portugueses: o ex-guarda-redes da Selecção Ricardo, o central Miguel Vítor e o médio Moreno). Não sei se seria o "man for the job", mas quem sabe? Não pode ser pior do que a "amostra" que aqui tivemos nos últimos dois meses...

O "desce" da semana: "Académica: custa a acreditar"

Para quem não teve oportunidade de passar hoje pelo site "maisfutebol.iol.pt", aqui fica o destaque negativo da semana:

"De sensação a equipa em sarilhos

A Académica foi a primeira sensação da Liga, ao derrotar o Benfica na Luz, com o espantoso golo de Laionel. Mas esses dias estão muito distantes.

A equipa de Coimbra não vence há oito partidas, em seis delas saiu mesmo derrotada. Quando Jorge Costa abandonou a actividade, o clube parecia estabilizado no meio da tabela. Hoje está em perigo, com apenas mais seis pontos do que a Naval, com quem perdeu na semana passada.

O despedimento de José Guilherme é a confissão de uma aposta de risco, num treinador sem grande experiência à frente de equipas de futebol. Em outros clubes este tipo de opção deu certo, com a Académica sucedeu exactamente o contrário.

Quem vier a seguir sabe que tudo vai jogar-se nas próximas três jornadas, antes de a Académica jogar com o F.C. Porto: vai a Guimarães e à Choupana e recebe a União de Leira. Não vencer nenhuma destas partidas será garantir um final de temporada de sofrimento. "

por Luís Sobral in www.maisfutebol.iol.pt


Como deixei aqui escrito ontem, aquele que considero o principal (não o único, note-se...) responsável pela situação da nossa amada Briosa, já abandonou o clube. Creio que agora temos apenas de encontrar alguém capaz para liderar a equipa, porque ao contrário do que tenho lido por aí, não considero que os jogadores sejam assim tão maus... Do que tenho visto (e eu vejo muito futebol...), temos equipa para terminarmos o Campeonato na zona tranquila da tabela.

Do que precisamos agora é de alguém com conhecimentos técnico-tácticos adequados que saiba motivar os jogadores... De resto, basta esforço, empenho, dedicação e muito trabalho dos nossos jogadores (no fundo, brio...). Nós, como Académicos, só podemos apoiar ainda mais a equipa, com a paciência necessária para lhes transmitirmos a tranquilidade de que precisam para jogarem o que realmente sabem.

São eles, e apenas eles, quem pode dar a volta a esta situação.

Saudações Académicas,

Pedro Monteiro Almeida

20/02/11

"Les jeux sont faits"

E pronto, chegou ao fim a "aventura" de José Guilherme ao leme da equipa de futebol da nossa Briosa. O desfecho, mais do que anunciado para aqueles que tiveram a infelicidade de presenciar as exibições sofríveis da equipa neste período, foi, sem dúvida, uma óptima notícia.

Já se tinha tornado evidente, de há umas semanas para cá, que este caminho era o único susceptível de devolver à equipa o equilíbrio e a tranquilidade de que necessita urgentemente. Aliás, na nossa opinião, este "treinador" devia ter saído já na semana passada, quando fomos copiosamente cilindrados pelo último classificado... Era a forma de a Académica ter algumas hipóteses de iniciar a sua recuperação com um novo treinador num jogo mais teoricamente mais fácil como era o de hoje...

De qualquer forma, sem José Guilherme, a equipa elimina a parcela mais problemática da difícil equação em que, de repente, se transformou a manutenção (aliás, foi o próprio quem o reconheceu ainda hoje). E agora?

Pois bem, agora encontramo-nos no ponto mais crítico da temporada: ou cruzamos os braços e aceitamos com parcimónia o papel de "bombos da festa" que vestimos com o aquele "treinador" (e vamos direitinhos, sem espinhas, para a 2ª Liga...), ou unimo-nos e LUTAMOS...

"Les jeux sont faits"... Não há forma de apagar o que está feito.

Foi mau (muito mau mesmo...): jogámos muito mal, sofremos muitos golos, não corremos o suficiente, perdemos a cabeça várias vezes e conhecemos o amargo sabor da derrota vezes de mais. Mas o maior culpado já abandonou este barco que fica, desta forma, bem mais leve para escapar ao náufrago que já parecia iminente...

Agora, é tempo de escolher um treinador capaz a nível técnico-táctico, assertivo e motivador (no fundo, competente...). Basicamente, o que este não foi... Nesse sentido, precisamos também de uma demonstração clara de capacidade da nossa Direcção, uma vez que nesta fase não há margem para erros...

Ainda nada está perdido... Basta um treinador que devolva aos jogadores a capacidade de acreditarem neles próprios, a alegria de jogar futebol e a força para encararem cada desafio de frente, com os olhos nos 3 pontos. A nação Académica quer acreditar num futuro melhor para o clube do seu coração. E o futuro começa já amanhã...

Força rapazes! Eu ainda acredito!

Saudações Académicas,

Pedro Monteiro Almeida

P.S.: Ao Prof. José Guilherme cumpre dizer ainda que, apesar de sempre termos criticado neste espaço a sua (notória) inépcia como treinador, registamos a sua lisura e bom-senso ao apresentar a sua demissão, poupando alguns milhares de euros aos nossos (depauperados) cofres. Pelo menos, os danos à Briosa foram "apenas" desportivos, e não tanto financeiros... Neste espaço, desejamos-lhe ainda muito boa sorte para o seu futuro (que, na nossa sincera e humilde opinião, deverá cingir-se à docência).

VOLTA (PARA A TUA TERRA) QUE NÃO ESTÁS PERDOADO JOSÉ GUILHERME!


Eis que surge a notícia que todos os academistas aguardavam (segundo o Jornal "A Bola"):

O treinador José Guilherme vai deixar o comando da Académica depois da derrota sofrida em Coimbra com o Rio Ave.

Na sala de imprensa, o treinador anunciou a demissão: «Nunca seria um problema para a Académica, deixo de ser o treinador porque sinto que sou um problema. Isto tem de levar um abanão, há necessidade de fazer algo que eu não consegui.»

José Guilherme disse que sai «antes que seja tarde»: «Talvez não tenha dado importância a aspectos que poderia ter dado, como o envolvimento com o grupo. Antes que seja tarde, deixo de ser o treinador.»

O presidente José Eduardo Simões agradeceu a «forma digna como entrou e como saiu», prometendo «procurar a melhor solução». «Este é o mesmo grupo que fez 18 pontos em 14 jornadas e que está nas meias-finais na Taça. Durante a semana vamos tentar encontrar o treinador que dê o clique que precisamos», disse.

José Guilherme foi apresentado como técnico da Académica a 27 de Dezembro.

Sobre este senhor não há muito mais a dizer. Já o debatemos sobejamente neste espaço e o que importa agora é olhar para o futuro.

E se é de futuro que falamos cumpre indicar desde já quem deverá ser o sucessor deste nado morto. Ele tem um nome, até é um academista na sua génese e chama-se Pedro Miguel.

Pedro Miguel, é o actual treinador da Oliveirense, clube modesto mas que discute a subida a I Liga, muito por causa da forma como é orientada. É jovem, ambicioso e acima de tudo, um homem do relvado e do balneário e não de sala de aula.

Se os seus atributos técnicos e pessoais não forem suficientes, que se faça uma análise custo- benefício. Treinadores jovens, ambiciosos, com larga margem de progressão, com amor e conhecimento da Briosa e baratos.... tirem as vossas conclusões.

Haja inteligência na escolha e deverá ser esta a solução.

Saudações académicas.

FAÇA O FAVOR


Conforme o próprio título já indica, espero sinceramente que o srô. prof. nos faça o imenso favor de sair.

Não foi só o árbitro que escandalosamente prejudicou a Briosa e garantiu a vitória para o Rio Ave.

Este senhor, mais uma vez conseguiu por os seus jogadores a fazer uma partida sofrível, sempre na defesa e sem qualquer chama.

Se ainda existir alguém na direcção do OAF, façam-nos um favor. Despeçam-no...

Saudações académicas de quem vem cheio de raiva do Cidade de Coimbra.

18/02/11

SERÁ DESTA?

Deixo-vos a transcrição do Jornal "A Bola" da conferência de imprensa do srô. prof. José Guilherme de antevisão da recepção ao Rio Ave:

O treinador da Académica fez, no final do treino desta quinta-feira, a antevisão do jogo do próximo domingo, frente ao Rio Ave. Para José Guilherme, «trata-se de um jogo muito importante, frente a um adversário directo, que está a 3 pontos de nós, e temos que vencer! Tudo faremos para levar de vencida o Rio Ave».
O mau momento que a Briosa atravessa – já não ganha para a Liga há 7 jogos – também foi abordado pelo técnico: «Há períodos que são assim, estamos a atravessar um período que não é positivo, a derrota com a Naval mexeu um bocadinho connosco pois não contávamos perder, mas ganhando um jogo tudo muda, nasce um novo alento. Temos que dar a volta!»
Sobre o confronto com os vila-condenses, José Guilherme diz que «a vitória poderá ser o clique que a equipa precisa para ter maior tranquilidade para o futuro, já que a nossa vontade é inverter a situação.»
Mesmo admitindo que a equipa se encontra sob alguma pressão, o técnico dos estudantes quer muito vencer a partida, e para isso, conta também com o apoio dos adeptos: «Pode haver alguma pressão nos jogadores, mas no futebol isso é normal, temos que estar preparados. Temos feito algumas boas exibições, mas a vitória não tem aparecido. No domingo queremos vencer, e para isso contamos com o apoio dos nossos adeptos, tal como tem acontecido até aqui. Nos jogos em casa fomos bastante acarinhados pelo público, e espero que mantenham esse apoio».
Por fim, José Guilherme fez questão de abordar a expulsão precoce de Pape Sow no jogo da passada jornada na Figueira da Foz, dizendo que «não é um jogador que perde um jogo, mas sim a equipa. Somos todos nós que temos que assumir os erros e inverter a situação. Logicamente que me preocupa jogar apenas com 10 em alguns jogos, mas a equipa vai tentar fazer com que isso não volte a acontecer».
O embate da jornada 20, entre Académica e Rio Ave, está agendado para domingo, às 16 horas, no Estádio Cidade de Coimbra, e será arbitrado por João Capela, da AF Lisboa.

Deixo no entanto aqui alguns reparos:

É bom que o nosso coach comece a perceber que está mesmo sob pressão e que as gentes de Coimbra, apesar de calmas e serenas, não toleram incompetência ( ainda que catedrática). É que professores já nos temos muitos (e bons) em Coimbra. Do que precisávamos mesmo era de alguém que soubesse de bola. Por isso abra a pestana José Guilherme.

Dentro deste acordar tardio, nunca é demais repetir que é tempo de parar com as invenções e colocar em campo os melhores jogadores para ganhar o jogo e fazer aquilo que faz as pessoas irem ao estádio:GOLOS!! É que construir um equipa para não sofrer resulta no que já vimos, logo inove srô. prof.

Quanto ao Sow, só espero que o srô prof. acorde de uma vez por todas para uma realidade com que todos os adeptos já têm pesadelos. O homem pode ser excelente pessoa, óptimo profissional, fenomenal no balneário, mas como jogador é péssimo.

Saudações académicas.

17/02/11

Os “pecados” de José Guilherme

Em Dezembro passado, na tarefa de escolher o sucessor de Jorge Costa (que nessa altura deixara a Briosa – e o futebol – após duas derrotas copiosas consecutivas, num processo que ainda hoje permanece envolvido em mistério), a nossa Direcção escolheu José Guilherme, um professor universitário de 45 anos.

Sem grandes credenciais como treinador principal (teve passagens fugazes pelo Sp. Espinho e pelo Esmoriz), José Guilherme evidenciou-se como treinador das camadas jovens do FCP e, sobretudo, como preparador físico da Selecção Portuguesa na malograda “Era Queiroz”. Às dúvidas e cepticismos iniciais, José Guilherme respondeu demonstrando coerência na conferência de imprensa da sua apresentação em Coimbra. Com um discurso bem preparado e com a lição bem estudada, José Guilherme tentou falar ao coração dos adeptos (sobretudo à Mancha Negra), objectivo a que não terá sido alheia a integração de J.A. Costa (um histórico da Briosa) na sua equipa técnica.

A José Guilherme pedia-se apenas uma condução tranquila da Briosa à manutenção, tentando avançar o mais possível na Taça de Portugal, tendo-lhe sido oferecido um contrato de apenas seis meses, com duas épocas de opção para o clube. A duração do contrato reflectia precisamente a tal falta de credenciais a este nível, implicando uma reavaliação no final da época, tendo em consideração o desempenho da equipa no decurso destes seis meses.

Oito jogos depois, com a Briosa nas meias-finais da Taça de Portugal e em “queda livre” na classificação da Liga Zon/Sagres, os nossos adeptos têm muitas dúvidas acerca do seu valor enquanto treinador.

Por mim, como tenho deixado aqui expresso em diversos posts, já não tenho grandes dúvidas.

Mas em vez de “críticas vãs”, começo por apresentar os números dos jogos que dirigiu:

09-01-2011 - Liga ZON Sagres 2010/11: Académica 0 - 0 Paços de Ferreira

12-01-2011 - Taça de Portugal 2010/11: Académica 3 - 1 União da Madeira

16-01-2011 - Liga ZON Sagres 2010/11: Académica 0 - 1 Benfica

22-01-2011 - Liga ZON Sagres 2010/11: Olhanense 2 - 1 Académica

28-01-2011 - Taça de Portugal 2010/11: Académica 3 - 2 V. Setúbal

03-02-2011 - Taça de Portugal 2010/11: V. Guimarães 1 - 0 Académica

06-02-2011 - Liga ZON Sagres 2010/11: Académica 3 - 3 Beira Mar

13-02-2011 - Liga ZON Sagres 2010/11: Naval 3 - 1 Académica

Temos, então: 2 vitórias (uma das quais contra um adversário da 2ª Divisão B), 2 empates (em casa, contra adversários directos) e 4 derrotas (2 das quais contra adversários directos). Creio que os números falam por si, mas se isto não for suficiente, acrescento que em todos estes jogos os únicos em que vi a equipa fazer algo em campo foi precisamente contra o SLBê e o Setúbal. De resto... Nada... Uma equipa completamente "perdida" em campo, sem fio-de-jogo, sem objectividade: uma completa nulidade e uma afronta ao adepto da preta.

Admito que comecei por dar o benefício da dúvida a mais esta aposta de risco da nossa Direcção, até porque, ante o desconhecimento e sem qualquer tipo de teste às suas capacidades, só a má fé permitiria outro julgamento. Ainda assim, à medida que os desafios se sucediam, fui-me apercebendo de algumas falhas mais ou menos graves, de lacunas mais ou menos evidentes e, sobretudo, de erros tácticos e de casting mais ou menos gritantes...

De tudo isto fui dando conta neste nosso espaço (sem me esquecer de assinalar – os poucos – méritos que entretanto lhe podiam ser atribuidos), ao longo de vários posts em que fui apontando aquilo o que considerava menos correcto, sem omitir a minha opinião acerca de cada assunto.

Ora, os resultados inerentes às sucessivas falhas do nosso “treinador”, trouxeram-nos para um cenário que, há dois meses, ninguém podia antever (lembro-me, a propósito, de ter lido em algum sítio que “só um milagre nos colocaria na luta pela manutenção”). Pois bem, já cá estamos: após exibições sofríveis, resultados frustrantes e a crescente contestação dos adeptos ao “treinador” e à equipa, estamos a duas derrotas e um empate da linha de água (e pelo caminho já desperdiçámos oportunidades de ouro para assegurarmos a manutenção!).

A quem devemos, então, apontar o dedo?

Sendo que nesta história não há inocentes (os Dirigentes e os próprios jogadores também têm a sua quota-parte), para mim, o principal culpado é o nosso “treinador”, José Guilherme.

Na minha opinião, a nossa assunção do papel de “bombos da festa” da 1ª Liga deve-se, sobretudo, a quatro pontos fundamentais: aos sucessivos erros tácticos, à constante aposta em Habib Sow (ou “Habébias Show”, como se diz por aí), à falta de um central de qualidade para colocar ao lado de Berger e, por fim, ao discurso pouco ambicioso transmitido quer aos jogadores, quer aos adeptos.

Erros tácticos

Não repetirei aqui as gritantes falhas tácticas que a nossa equipa evidencia, uma vez que já o fiz em diversos posts que tenho publicado aqui no “Capas”. Ainda assim, só para recapitular, relembro-vos a teimosia (que na minha terra tem outro nome...) em alterar o sistema táctico (do 4-3-3 de contra-ataque para um 4-1-3-2 defensivo) e os princípios de jogo há muito incutidos na equipa, a meio da época, adaptando jogadores a posições a que não estão habituados e a movimentações que são quase a antítese daquilo o que vinha sendo trabalhado (como é do mais elementar, o treino de tais alterações tácticas necessita de muito tempo e algumas experiências, o que só será viável numa pré-época, e não na fase decisiva do campeonato). A somar a isto, é de relevar a asneira constante em recuar a equipa assim que nos colocamos em vantagem, recuando todas as linhas, transformando o trinco num terceiro central (um claro 5-3-2!) , entregando por completo a iniciativa ao adversário, confiando em São Peiser. Acho que os resultados têm falado por si...

“Habébias Show”

Também já batemos tantas vezes nesta tecla que começa a ser cansativo quer para quem lê, quer para quem escreve. Só um cego – repito, um cego – não vê que este senhor não é jogador de futebol, nem aqui nem em lado nenhum do mundo em que o jogo se jogue com os pés e com uma bola (“redonda”, portanto, uma vez que para o futebol americano até já mostrou alguns dotes)! Continuo a dizer que nada teria contra o rapaz se não o visse com a nossa camisola vestida (a mesma que vestiram Gervásio, Artur Jorge, Toni e outros...). De quem é a culpa? Aqui, até o próprio Jorge Costa tem o seu quinhão: quem é o treinador que, no seu perfeito juízo, dá o seu aval a uma contratação destas? Outro grande culpado é o nosso departamento de prospecção (que eu até duvido que exista...): só por preguiça ou por falta de brio profissional é possível compreender como não se encontrou um executante mais capaz (a mim, por exemplo, bastaram-me 15 minutos - e mesmo assim não me perdoo por ter demorado tanto tempo) . Por fim, o mais culpado de todos, José Guilherme, claro: que não goste do Luiz Nunes por ser pesado ou por ter fraca condição física, ainda se compreende. Agora, seria sempre preferível ir buscar alguém aos juniores ou satélite para colmatar a baixa de Orlando e Amoreirinha, do que colocar este senhor em campo (ainda por cima, fora da sua posição, admitindo que tenha uma dentro do campo...). Nunca, mas mesmo nunca, se devia colocar o Sow em campo (até para não atentar contra a integridade física dos outros jogadores...). Como disse no Domingo um locutor da “Antena 1”: “- A Académica até joga melhor sem ele em campo, mesmo com menos um!”

A não contratação de um central na reabertura do mercado em Janeiro

É um assunto de que também já abordámos em diversas ocasiões (até fizemos uma “sondagem”). Já antes das lesões de Amoreirinha e Orlando sabiámos que só tínhamos um central de qualidade no plantel (Berger), mas como “nada é tão mau que não possa ficar pior” (Lei de Murphy), foi com as lesões daqueles dois jogadores que percebemos o quão gritante era esta lacuna... E eis que aparece Sow a central... O mercado de Janeiro apresentava-se como a única oportunidade para remediar a situação: mas nem o treinador pediu, nem a Direcção apresentou um jogador para esta posição. Os resultados são conhecidos...

Discurso pouco ambicioso

Há tempos, vi num canal de televisão uma reportagem sobre Mourinho. Nesse trabalho, entrevistavam-se diversos jogadores e staff técnico que já trabalharam com El Especial sobre quais as qualidades que fazem dele o Melhor do Mundo (assim, com letra grande, porque a distinção já foi entregue pela FIFA). Lembro-me sobretudo das palavras de Lampard que dizia (num inglês muito mal traduzido pelo canal em questão): “ - Sabíamos que não éramos os melhores do mundo, mas quando ele o dizia, sentíamo-nos capazes de vencer qualquer adversário”. Este é um exemplo de como se deve motivar um jogador... Imagine-se agora que Mourinho dizia: “ - Não se preocupem, basta um pontinho. Mais 9 e continuamos na 1ª Divisão...” Quer dizer, os mesmos jogadores que tinham andado 5 meses a lutar pelo 3º e 4º lugar, ouvem, a 16 jornadas (!!!) do fim do campeonato, que basta jogarem futebol suficiente para ganharem 3 jogos. Não é preciso ser o Mourinho para adivinhar o resultado deste discurso... É como quem diz aos jogadores e adeptos: “- Apesar do que já demonstraram esta época, não têm qualidade, nem o clube tem estatuto para sonhar com algo mais. Reduzam-se à “aurea mediocritas” porque é esse o vosso lugar...”. E é tanto assim que agora até esses 9 pontos parecem uma miragem (sim, não me parece nada fácil conseguir mais 7 pontos a jogar como estamos a jogar...).

E pronto, aqui fica a minha opinião em relação ao nosso mau (aliás, péssimo!) momento. Aliás, para que não restem dúvidas, deixo-vos a minha convicção, sem “meias palavras”: pelo que já mostrou, este senhor não é treinador para um clube como o nosso (aliás, para nenhum que tenha algumas ambições).

O que fazer? Pois bem, por enquanto, o seu contrato é de 6 meses, pelo que adianto desde já que em circunstância alguma deve ver esse vínculo renovado (nem que vença a Taça de Portugal!). Mais: para mim, a menos que vença o Rio Ave deverá ser despedido imediatamente, antes que seja tarde demais...

Saudações Académicas,

Pedro Monteiro Almeida

P.S.: Como já dificilmente voltarei a escrever algo antes daquele jogo decisivo, apelo ao brio dos jogadores para que dêem tudo pela nossa camisola. Não se deixem enganar: se isto não muda depressa, daqui a três meses estamos na 2ª Divisão!