11/03/11

Normalidades

Elogiámos José Guilherme publicamente no seu momento de saída. Afinal, assumiu as suas responsabilidades e teve a hombridade de facilitar o processo de rescisão do contrato.

Temos agora uma situação delicada no seio das relações laborais Direcção - Equipa técnica "adjunta".

É sabido por todos que em qualquer modalidade desportiva, o normal é que adjuntos e treinador principal formem uma equipa una e coesa, atenta a complementaridade de funções e inerentes relações de confiança.

Pois bem, independentemente do sucedido entre Jorge Costa e os seus adjuntos, o normal seria que ambos se tivessem demitido. O que aliás  Ferreirinha percebeu.

Não se sabe se por causa da inflexibilidade da restante equipa técnica, José Eduardo Simões decidiu arriscar em José Guilherme. Treinador absolutamente inexperiente nestas lides, e por isso sem equipa técnica constituída. Trouxe ainda José Alberto Costa.

Mais uma vez: José Alberto Costa é um académico. E sabe bem o procedimento a adoptar. Solidarizou-se com o seu treinador principal (no topo da hierarquia e por isso o responsável máximo) e demitiu-se.

A restante equipa técnica achou por bem, novamente, não fazer o mesmo.

Compreendo a singularidade do sucedido. Afinal Jorge Costa abandonou (?) a profissão. Mas não perceber a especificidade destes contratos desportivos, querendo fazer valer os seus direitos laborais a todo o custo, é prejudicial desde logo para si mesmos.

Que clube de primeira linha os quererá contratar depois, face a esta postura?

Desejo então que os intervenientes sejam ponderados, que não se deixem influenciar por vozes exteriores mais interessadas em vinganças e tricas que no interesse da Associação.

Cumprimentos Academistas.

3 comentários:

pmalmeyda disse...

Bem visto meu caro...

O mais estranho desta (peculiaríssima) situação é mesmo os contratos da equipa técnica serem negociados sem uma "release clause", muito popular nos contratos dos clubes profissionais (pelo menos em Inglaterra). Esta estipula, à partida, um valor para a rescisão da restante equipa técnica em caso de saída do treinador por motivos não imputáveis ao clube. Dado que em ambos os casos a situação foi exactamente essa (rescisão de JC e acordo amigável com JG), era um dos casos em que tal cláusula teria sido de extrema utilidade.

Infelizmente, o amadorismo continua a vir ao de cima nestas pequenas coisas...

Abraço

mitic0 disse...

Desconhecia totalmente a existência desse tipo de cláusulas.

Mas outros responsáveis não podem ter o mesmo tipo de desculpas..

Falta lá alguém com a tua competência, e, acima de tudo, o teu amor pela Briosa.

Amanhã lá estaremos colados ao ecrã.

Abraço.

pmalmeyda disse...

Eh pá, ainda nem tinha lido esta...

Era bom era... Talvez um dia, daqui a muitos anos... E contratava-te logo para a prospecção, tens muito mais jeito que a gente que anda lá a ganhar dinheiro sem fazer nada.

Se arranjar uns apoios lá por Angola, depois pensamos nisso;)...

Também precisamos do TF;)...

E de gente que goste mesmo da Briosa, porque isto está a saque...

Saindo esta direcção, já se movem forças ocultas para ocupar o "ninho"... Enfim, se mal estamos, pior ficaremos...

Abraço