28/10/07

Apreciação do jornal o Jogo

Belenenses e Académica foram incapazes de marcar numa tarde onde os experientíssimos Costinha e Pedro Roma foram os grandes guardiães dos respectivos templos. O 0-0 parece mostrar um jogo mortiço e de poucas emoções, mas tal não é verdade, pois várias foram as ocasiões para as duas equipas. Num jogo que até começou atrasado, por ter sido necessário coser as redes de uma baliza, não houve golos nem cartões, mas manteve-se uma saudável incerteza no resultado até final, numa partida agradável de seguir.

Naquela que foi a quinta época consecutiva em que a Académica passou pelo Restelo sem perder para a Liga, o Belenenses até começou melhor. O 4-4-2 de Jorge Jesus tentava dar largura ao jogo, e, com os habituais titulares Cândido Costa e Rúben Amorim no banco, o treinador apostou em Amaral e Mendonça para a ala direita. Após as promessas iniciais, foi sendo notório que este flanco não funcionava, e, com a equipa manca, era cada vez mais evidente o crescimento da Académica. Com pés de lã, o conjunto de Domingos Paciência instalou-se de trás para a frente, assentando a sua estratégia na segurança defensiva e no contra-ataque e tentando que o Belenenses falhasse nos foras-de-jogo. Apenas a eficácia e posicionamento dos da casa neste aspecto impediu maiores sobressaltos a Costinha, que, mesmo assim, ainda viu uma bola entrar na sua baliza, em jogada bem anulada, e ouviu o som assustador do esférico a embater num poste já sobre o intervalo.

No retomar da partida, Jesus trouxe Cândido Costa e Rúben Amorim. Houve, então, melhorias no Belenenses, mas a saída de Silas, quando se estava a soltar mais - o jogador pediu para sair por cansaço -, foi um golpe que enfraqueceu a equipa da casa. Já Domingos foi retardando as substituições e só quando o adversário esgotou as suas é que fez ajustes. N'Doye estava a fazer estragos com a sua força, e Domingos adicionou, à equipa, a velocidade de Hélder Barbosa, o que ajudou a manter os anfitriões em sentido.

Sem comentários: