O Paços de Ferreira procurava ultrapassar o trauma de oito golos sofridos nos últimos dois jogos, fruto de constantes baixas na defesa e condicionalismos do próprio jogo. No Estádio do Bessa, por exemplo, a equipa de José Mota marcou por três vezes mas acabou por perder (4-3). Na semana passada, para a Taça de Portugal, a vantagem prematura no reduto do Benfica não evitou a eliminação (4-1).
A Académica, por seu turno, beneficiava de maior período de descanso, uma vez que não entrou em campo no último fim-de-semana, e de uma injecção de moral proporcionada pelo triunfo na recepção ao Marítimo (1-0), permitindo maior desafogo pontual.
Aposta na vantagem no confronto directo
Frente a um adversário directo na luta pela permanência, Domingos Paciência sabia que um empate bastava para garantir vantagem no confronto directo. Na primeira volta, Hélder Barbosa garantira os três pontos ao cair do pano (1-0). Como tal, o treinador da Académica montou uma estratégia que visava a coesão no sector intermediário e a exploração das características complementares de dois avançados: a rapidez de Ivanildo e a capacidade de finalização de Edgar.
O Paços de Ferreira apostou no figurino habitual, depois das alterações pontuais no confronto com o Benfica, e aceitou o convite para assumir o domínio territorial desde o apito inicial. Contudo, escassearam as oportunidades de golo nos primeiros quarenta e cinco minutos. Furtado esteve em duas, para a equipa da casa. Na primeira, foi Pedro Roma a roubar o pão da boca do avançado. Depois, Cristiano aproveitou um ressalto para visar a baliza da Académica, mas Orlando cortou em cima da linha.
Frieza imperturbável à espera do destino
Na etapa complementar, a toada acentuou-se, com o progressivo recuo da equipa de Coimbra. O ataque forasteiro foi perdendo gás, Domingos Paciência refrescou o sector mas o verdadeiro problema residia a meio-campo, onde os seus quatro homens não conseguiam suster o ímpeto do tridente intermediário dos castores. Dedé deu maior pulmão ao P. Ferreira, Wesley começou a libertar-se da marcação de Pavlovic e, num ápice, Pedro Roma teve de redobrar a atenção, mas a pontaria local estava irremediavelmente desafinada.
Por outro lado, a Académica mantinha uma frieza imperturbável, confiando num destino que lhe sorriria com inquietante naturalidade. Poucos segundos depois de a bola bater no poste da baliza da Briosa, esta já estava no extremo posto, onde Joeano aproveitou o espaço para servir Lito para o golo solitário do encontro. Duas armas secretas com qualidade para decidir. Valeu, para o P. Ferreira, a estrela habitual de Wesley, que brilhou antes do apito final de Duarte de Gomes.(maisfutebol)
1 comentário:
Quem cortou a bola em cima da linha foi o Vinha... Não inventem...
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