14/02/08

N’DOYE QUER ACABAR CARREIRA NA ACADÉMICA


N’Doye partiu esta terça-feira para a Roménia, onde o espera um contrato de dois anos e meio com o SC Vaslui, actual 7.º classificado do principal campeonato romeno.
Em entrevista ao site oficial da Académica, o internacional senegalês falou da passagem pela Académica e por Coimbra, da relação com dirigentes e adeptos e de como pretende terminar a carreira: «Nem que seja por seis meses, mas quero terminá-la na Académica, por tudo de bom que me deu».
Um clube especial, com pessoas especiais. É assim que Ousmane N’Doye fala da Académica.
A poucas horas de partir para a Roménia, para cumprir um contrato de dois anos e meio com o SC Vaslui, o médio senegalês não escondeu que, em termos pessoais, a mudança será um pouco dolorosa. «Mas o futebol é assim, e agora vou jogar noutra realidade», justificou.
De Coimbra e, sobretudo, da Académica, o atleta leva as melhores recordações.
«Nunca esquecerei o clube, pois ajudou-me muito. Sempre fui muito acarinhado», sublinha, dando conta de pormenores em que a Académica primou pela diferença: «Na Académica nunca me disseram que não. Se eu precisava de alguma coisa, as pessoas ajudavam sempre. A qualquer hora».



Cumplicidade com o presidente

O médio destacou, por outro lado, a relação de «muita cumplicidade» com o presidente da Académica, mas também com os adeptos, que sempre o abordaram na rua com palavras de carinho e incentivo.
Para retribuir todo o apoio que sentiu, o internacional senegalês quer voltar a representar a Académica. «Por todas as coisas boas que me proporcionaram, gostava de terminar a carreira aqui, nem que fosse apenas para jogar seis meses. Gostei de todos os dirigentes, sobretudo o presidente com o qual tive uma relação de grande cumplicidade, treinadores e colegas», destaca.
Sobre o grupo de trabalho que agora deixa, o jogador está convicto de que vai terminar o campeonato de forma tranquila. «Basta ver a maneira como esteve nos últimos jogos», observa. Por isso, antevê, «vai subir ainda mais na classificação».
Não escondendo que o aguarda um «bom contrato» no SC Vaslui, N’Doye não vê a aventura romena como uma última paragem na carreira futebolística. «Tenho 30 anos, vou mostrar o meu trabalho para ter oportunidade de ainda jogar noutro país», explica, adiantando que nunca lhe passara pela cabeça actuar na Roménia.
O “caso” Dame

Na hora do adeus, Ousmane não deixou de comentar a forma como o irmão, Dame, deixou o clube e de lamentar, sobretudo, não ter podido contribuir para que a situação não tivesse o desfecho que teve.«Nessa altura estava na Arábia Saudita e se cá tivesse as coisas poderiam ser diferentes», admitiu, avançando que Dame «gosta muito da Académica e deveria cá ter ficado».

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