04/01/08

Mancha Negra recusa legalização

ASSOCIADOS RECUSAM CEDER OS SEUS DADOS

O presidente da Mancha Negra, Ruben Jorge, rejeitou hoje a ideia da futura legalização da única claque da Académica, dado que a maioria dos seus associados se recusa a fornecer os seus dados de identificação à Liga de futebol.

"À partida haverá a legalização de uma associação, mas nunca a legalização da claque nos moldes em que nos pedem. Ainda não fizemos o depósito dos dados de identificação dos sócios à Liga de Clubes, porque a maioria não os quer fornecer. Somos contra a lei", afirmou o dirigente associativo à Agência Lusa, a poucas horas do primeiro jogo do ano de 2008, o Académica-Sporting de Braga, da 15ª jornada.

Ruben Jorge alega a condição de associado, com lugar cativo, como direito próprio para manifestar o seu apoio à equipa e até os seus protestos contra o adversário ou contra a equipa de arbitragem.

"Todos somos sócios do clube. Todos temos bilhetes de época e até temos cerca de 1.200 lugares cativos no Estádio Cidade de Coimbra. Podem-nos tirar as faixas, o tambor e o megafone, mas não nos podem cortar a voz", justificou com veemência.

São cerca de 450 filiados, mas são mais do dobro aqueles que fazem parte da claque academista que acompanha a equipa para todo o lado.

Têm o apoio da Direcção academista relativamente às instalações e a alguns bilhetes quando recebem claques de outras formações, bilhetes esses fornecidos pela entidade exploradora da bilheteira, a TBZ.

Contactado pela Lusa, Vasco Gervásio, presidente-adjunto da Académica, admitiu que o clube dá apoio logístico à claque do clube e quanto à nova lei que prevê jogos à porta fechada, caso as claques não estejam legalizadas, reagiu moderadamente. "Eu penso que vai haver um consenso. Acho que o secretário de Estado (da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias) não vai assumir uma posição tão radical quanto à implementação dessa lei. O bom-senso há-de imperar", concluiu o dirigente academista.

(record)

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